Não gosto de falar de querelas intestinas, mas vou abrir uma exceção e abrir e fechar este debate, pois relaciona-se à minha vida nestes 30 anos de UFPA (1980/2010), sem me ausentar institucionalmente desta, sequer um dia. Tomo esta iniciativa por entender que uma versão caluniosa pode estar circulando na UFPA de forma covarde e escondida sobre a minha vida e o meu caráter.
Vamos aos fatos:
Nos debates em torno de minhas análises políticas contextuais no curso das eleições de 2010, procurei demonstrar que busco ser imparcial, cosmopolita e republicano. De repente, não mais do que de repente, entrou de contrabando uma postagem extemporânea, que nada tinha a ver com os debates em torno da sucessão estadual, mas que retrata uma postagem amargurada e que denota uma avaliação lunática sobre minha trajetória política e acadêmica na UFPA.
Veja a postagem que recebí.
" Jamais serás cosmopolita, muito menos republicano, não tens história que comprove esta "tendência" pessoal. Antes, sempre fostes oportunista, manipulador, enganador, fascista. Tuas atuações na política universitária apontam esta "tendência", que eu diria ser "vício estrutural" de personalidade. Fostes beneficiado- isto sim- com iniciativas republicanas na institutição que te proporcionaram o título que tens e que usas contra aqueles que te ajudaram. Cospes no prato que comestes. Conspiras, nos bastidores da UFPA, por politicalhas e interferências indevidas do poder central (a exemplo da sucessão no IFCH), o que nega toda a tua pretensão de "republicano". És exatamente o contrário: parcial, antidemocrático e provinciano".
Vamos à resposta à esta postagem intrinsicamente megalomaníaca e esquizofrênica:
1- Militei ativamente entre 1980 e 1985, em partidos clandestinos na luta por democracia no Brasil. Oportunismo seria militar na TFP, ARENA, PDS, ou simplesmente não se engajar na luta política contra a Ditadura. Somente me filiei em um partido legal, o PT, jamais apoiei ou participei de partidos de centro ou de direita. Pelo que sei, isto não consolida uma prática oportunista.
2- Entrei na UFPA por vestibular, passei no mestrado e doutorado, através de concursos. Entrei como docente através de concurso público, pela área de saúde ( disciplina: Ciências Sociais aplicada à Saúde, já como doutor), sem nenhuma interferência externa. Como professor substituto fui aprovado através de concurso público, e em primeiro lugar, no curso de Ciência Política.
3- Este anônimo covarde , fala que eu fui beneficiado por iniciativas republicanas para obter meus títulos. Mas o Estado Brasileiro é hoje constitucionalmente republicano, não somente eu, mas todos os graduados da UFPA que fizeram mestrado e doutorado, o fizeram através de concurso público e com verba do MEC, CNPq e CAPES. Portanto não foi nenhum reitor que inventou os concurso públicos na UFPA, mas a constituição federal.
4- Este anônimo covarde, fala que eu cuspo no prato que comí. Mas quem foi que deu prato para eu comer? Vejamos: eu participei ativamente apoiando as eleições e vitórias de muitos reitores na UFPA: Lourenço, Nilson, Ximenes e duas vezes Alex Fiúza. E participei levando minha liderança, quando estava no DCE e Centro Acadêmico e ASUFPA. Eu era um dos líderes do maior grupo de estudante, e depois do grupo de funcionários majoritários politicamente na UFPA . Hoje ajudo com tecnologia de pesquisas e estratégias eleitorais, além de ajudar a aglutinar dezenas de amigos, que militaram comigo por mais de 15 anos na UFPA.
5- Só ocupei cargo no período de 1993/1997, na gestão Ximenes. Daí por diante jamais ocupei cargos de confiança na UFPA. Como funcionário público, atuei como Cirurgião Dentista por 10 anos na UFPA, sendo readaptado e deslocado das atividades clínicas, pela perícia médica, por causa de grave patologia na coluna cervical. Como dentista, nunca atuei em consultório privado, sempre atuei em saúde coletiva, que é a parte política da odontologia, onde sou pósgraduado. A Ciência Política é multidisciplinar, e como tal, qualquer graduado pode se candidatar ao mestrado. Para ser cientista político só é preciso ter talento e passar nas seleções públicas anuais.
6- Ultimamente ajudei, muito fortemente na eleição do reitor Alex em 2001, que havia passado 08 anos fora da UFPA, fazendo Doutorado e pós-Doutorado. Nesta eleição ajudei a aglutinar dezenas de lideranças de funcionários e estudantes para a judar na luta contra a situação representada pela gestão 1997/2001. Nenhum oportunista apóia oposição contra a situação. Em 2005, a eleição foi mais fácil e apenas ajudei nas atividades de pesquisa e estratégia eleitoral, além de aglutinar meus amigos dos movimentos sociais da UFPA.
7- Após apoiar incondicionalmente a gestão Alex de 2001/2005 e 2005-2009, vim novamente a apoiar um candidato de oposição, desta vez ajudei na candidatura Carlos Maneschy. Oportunista não apóia oposição, quando o reitor da situação, Alex, dispunha de 90% de avaliação positiva.
8- Nestes oito anos de Alex , caso eu venha fazer um balanço de quem ajudou quem, posso dizer com toda a convicção, ajudei mais do que recebí, principalmente quando este chegou da pós-graduação, estando fora do circuito público por quase uma década. Aliás , o que eu teria recebido de benesses pessoal da gestão Alex? Apoei Alex sem pedir nada em troca, e oportunista não tem esta postura. Aliás, avalio que Alex foi um grande reitor, realizador. Ajudei a construir a UFPA ao apoiar Alex, Lourenço, Nilson e Ximenes e não me arrependo destas decisões. Agora sei perfeitamente que se eu e meus amigos tivéssemos apoiado a candidatura lançada por Alex em 2008, esta teria sido vitoriosa na última disputa para a reitoria.
9- Quanto à referida interferência no processo sucessório do IFCH, nada mais falso. Participei do processo sucessório do IFCH porque sou docente deste instituto e tenho todo o direito de fazê-lo. Mas devo informar ao anônimo covarde, que eu fui um defensor, até último momento, de uma chapa conjunta com o atual Diretor João Márcio, esta pretensão perdeu força com o episódio da anulação do vestibular da UFPA. Maneschy nunca se envolveu na sucessão do IFCH, os Pró-Reitores F. Arthur e Tourinho, sim, particparam da disputa eleitoral. Mas estes Pró-Reitores são docentes do IFCH e tem todo o direito de se envolver nas disputas acadêmicas e políticas do IFCH.
Tenho dito.
Edir Veiga- Prof. Dr. Concursado do PPGCP/IFCH/UFPA.
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
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É isso ai companheiro.
ResponderExcluirEsqueci, é isso mesmo companheiro.
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